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Construindo Pontes

Nestes tempos recentes houve e há muito espaço para tristeza e desesperança. Não só pela pandemia, cataclismo que vai nos marcar ainda por longos anos, mas também pelo que François Dubet chamou de “Paixões Tristes”. Se já se anunciava – o livro é de 2018 – a dificuldade para lidar com desafios sociais quando as desigualdades múltiplas individualizam o sofrimento e impedem reações coletivas articuladas. Com o isolamento imposto pela pandemia, agir juntos e enxergar a diversidade torna-se ainda mais complicado.


Por outro lado, como indica Mario Vargas Llosa em artigo recente (O intelectual errante), a tarefa de reconstrução de pontes de diálogo respeitoso – também mencionado por Dubet – e o incentivo ao funcionamento das instituições democráticas, são deveres de todos nós que vamos sobreviver a esta tragédia.



Nós que atuamos no ensino superior talvez tenhamos à mão um instrumento poderoso de participação e contribuição. Diferentes instituições fizeram inúmeros trabalhos para garantir a sobrevivência da sociedade que conhecemos. Das grandes mudanças nos padrões de ensino à pesquisa das vacinas e remédios, passando pela criação de redes mais abertas e participativas de produção de conhecimento, os sistemas de ensino superior indicaram caminhos decisivos de superação.


A modesta contribuição do LAPES pode ficar maior: fizemos e acompanhamos seminários e discussões sobre as políticas e práticas institucionais no combate à COVID 19. Agora estamos propondo um debate: COMO CADA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR ATUOU PARA CONTER OS DANOS DA PANDEMIA? Como os estudantes foram apoiados? E os professores? Pessoal técnico-administrativo? Que tipo de intermediação tecnológica a instituição desenvolveu?


São perguntas iniciais que vão se desdobrar no debate! Esta é a expectativa.


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